Era uma vez um pobre sapateiro que vivia numa cabana, na encruzilhada de um caminho, perto de um pequeno e humilde povoado.
Como era um homem bom e queria ajudar os viajantes, que à
noite por ali passavam, deixava na janela da sua casa, uma vela acesa todas as
noites, de modo a guiá-los. E apesar da doença e a fome, nunca deixou de
acender a sua vela.
Veio então uma grande guerra, e todos os jovens partiram,
deixando a cidade ainda mais pobre e triste.
As pessoas do povoado ao verem a persistência daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança e bondade, decidiram imitá-lo e, naquela noite, que era a véspera de Natal, todos acenderam uma vela em suas casas, iluminando todo o povoado.
À meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às suas casas!
Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”.
A partir daquele dia, acender uma vela tornou-se tradição em
quase todos os povos, na véspera de Natal.
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