CRÍTICA DA IMPRENSA
Nesta inspiradora e cativante
história, Reynolds demonstra o poder de um pequeno encorajamento. Uma narrativa
textual e pictórica mínima traduzem a frustração de Vera que amua junto à sua
folha em branco no final da aula de desenho: “Eu não sei desenhar!” A
professora sabiamente responde: “Tenta fazer uma marca qualquer e vê onde ela
te leva.” A renitente rapariga pega num marcador e crava-o na folha fazendo um
pequeno ponto. A professora devolve a folha à Vera e pede: “Agora, assina.”
Quando a Vera regressa na semana seguinte, encontra o seu desenho assinado
pendurado por cima da secretária da professora, o que inspira a potencial
artista a voos mais altos. Algumas páginas mais tarde, são-nos revelados os
inúmeros pontos da Vera (até mesmo uma pequena escultura com o mesmo motivo) na
exposição de arte da escola, onde um rapaz a elogia por ser uma “artista
incrível”. Quando ele insiste na ideia de não saber desenhar, a Vera vai emular
a professora no seu exemplo de encorajamento. Feitas em aguarela, tinta e chá,
as simples e delicadas ilustrações de Reynolds exalam frescura e um tom quase
infantil. Oferecendo um raro equilíbrio entre subtileza e hipérbole, este álbum
de pequeno formato dará aos jovens artistas mais reticentes o estímulo e o
encorajamento necessários à espontaneidade na sua expressão artística. Reynolds
consegue exatamente o mesmo que a sua personagem principal: criar um trabalho
notável a partir de um início enganadoramente simples.
Publishers Weekly
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