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16 de outubro de 2020

16 de Outubro de 1982: Morre Adriano Correia de Oliveira

Adriano Correia de Oliveira nasceu no dia 9 de abril de 1942  no Porto e faleceu a 16 de outubro de 1982, em Avintes. Tirou o curso do liceu no Porto. Em Avintes, iniciou-se no teatro amador e foi co-fundador da União Académica de Avintes. Em 1959, rumou a Coimbra, onde estudou Direito, tendo sido repúblico na Real Repúbica Ras-Teparta. Fez parte do Grupo Universitário de Danças e Cantares e do Círculo de Iniciação Teatral da Académica de Coimbra. Tocou guitarra no Conjunto Ligeiro da Tuna Académica.

 Em 1963, saiu o primeiro disco de vinil "Fados de Coimbra" que continha Trova do vento que passa, essa balada fundamental da sua carreira, com poema de Manuel Alegre, em consequência da sua resistência ao regime Salazarista. Tornou-se militante do PCP no início da década de 60. Em 1962, participou nas greves académicas e concorreu às eleições da Associação Académica, através da lista do Movimento de Unidade Democrática (MUD).

Em 1970, troca Coimbra por Lisboa, exercendo funções no Gabinete de Imprensa da FIL - Feira Industrial de Lisboa, até 1974. Ainda em 1969, vê editado o álbum O Canto e as Armas, revelando, de novo, vários poemas de Manuel Alegre. Pela sua obra recebe, no mesmo ano, o Prémio Pozal Domingues. Lança Cantaremos, em 1970, e Gente d' aqui e de agora, em 1971, este último com o primeiro arranjo, como maestro, de José Calvário, e composição de José Niza. Em 1973, funda a Editora Edicta, com Carlos Vargas, para se tornar produtor na Orfeu, em 1974. Em 1975 lançou "Que Nunca Mais", com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este vinil levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como "Artista do Ano".

Fundou a Cooperativa Cantabril e publicou o seu último álbum, "Cantigas Portuguesas", em 1980. No ano seguinte, numa altura em que a sua saúde já se encontrava deteriorada rompeu com a direção da Cantabril e ingressou na Cooperativa Era Nova. Em 1982, com quarenta anos, num sábado, dia 16 de Outubro, morreu em Avintes, vitimado por uma hemorragia esofágica.

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