acima e o outro mais abaixo.
Passado algum tempo, o pássaro que estava
mais acima disse para o outro:
— Que lindas são estas folhas verdes!
O pássaro que estava mais abaixo respondeu, irritado:
— Estás cego? Não vês que são brancas?
O de cima continuou:
— Tu é que estás cego. São verdes!
Continuou o outro:
— Aposto contigo que são brancas. Tu não
percebes nada de folhas de árvores!
O pássaro de cima, irritado com esta
discussão, atirou-se para cima do adversário,
para lhe dar uma lição.
para lhe dar uma lição.
O outro não se moveu.
Quando estavam próximos um do outro, tiveram
a franqueza de olhar os dois para cima,
na mesma direção, antes de começar o duelo.
na mesma direção, antes de começar o duelo.
O pássaro que tinha vindo de cima ficou surpreendido:
— Que estranho! Afinal são brancas!
E convidou o seu amigo:
— Vem cá acima, onde eu estava antes.
Voaram para o ramo do alto e, desta vez,
disseram os dois em coro:
— Que estranho! Afinal são verdes!
Cada pessoa tem o seu ponto de vista, a sua opinião, a sua verdade. Cada qual vê as
coisas segundo a sua perspetiva, que por vezes julga ser a única. É necessário que as pessoas se
coisas segundo a sua perspetiva, que por vezes julga ser a única. É necessário que as pessoas se
juntem, ponham em comum o que pensam e sentem, escutando-se umas às outras.
Pedrosa Ferreira
Educar, Contando
Porto, Edições Salesianas, 2012
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