A propósito
do final do estudo de Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, os alunos do
11º ano refletiram sobre a forma como as personagens resolvem a situação final
da peça. O texto que se segue foi redigido pelo Tiago Carvalho do 11º C.
Na minha opinião, o
pior seria enfrentar a sociedade pois é mais fácil fugir do que enfrentar. Viver
em clausura dá-nos o privilégio de não ter de lidar com a opinião dos outros
nem com as suas mentiras, problemas e complicações. É muito mais fácil, menos
complicado. É menos doloroso estar sozinho do que sentir-se sozinho no meio de
uma multidão.
Mas a clausura
implica fugir, significa desistir. O quão longe pode ir a sociedade para nos
fazer desistir? Tanto quanto sei, tudo o que é diferente incomoda o que é
igual, o “igual” é aborrecido enquanto o “diferente” se destaca, marca o mundo.
No mundo da música isso é bastante óbvio, artistas como Kurt Cobain que criou
um novo estilo de rock, o grunge, marcou a história deste género. Robert Plant
marcou a história da música tornando o rock popular. O que é que estes duas
pessoas tinham em comum? Eram diferentes. Na altura, eram mal vistas pela
sociedade, vistas como desordeiras. Todavia, não escolheram a saída mais
fácil. Decidiram enfrentar a sociedade e
não viver enclausuradas, não fugir das dificuldades. Não deixaram a música e
foi por isso que revolucionaram o mundo.
A história
ensina-nos que as minorias devem sempre levantar-se e lutarem por aquilo que
acreditam que está correto. Devem questionar a sociedade, nenhuma lei é
absoluta, nenhuma lei está 100% correta, nenhuma ideia está absolutamente
certa. É mais difícil enfrentar a sociedade? Sim é, mas são os que a enfrentam
que marcam a diferença. Não são os que fogem, esses são fracos. Resta-nos uma
escolha: fugir ou enfrentar?
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